Funcionária da área de saúde recebe vacina contra a nova gripe em São Paulo durante primeiro dia da campanha nacional de vacinação. (Foto: Juliana Cardilli/G1)
A vacinação contra a nova gripe - o vírus influenza A (H1N1) - nas clínicas particulares vai começar pelo menos um mês depois do início da campanha nacional promovida pelo Ministério da Saúde.
A rede pública começou a vacinar os grupos prioritários nesta segunda-feira (8). Entre os grupos não estão as pessoas entre 2 e 19 anos e nem as pessoas com mais de 40 anos -confira o calendário de vacinação .
Dentro dessas faixas etárias só podem receber a vacina pessoas com problemas crônicos de saúde, profissionais da saúde, povos indígenas e gestantes. Os grupos foram definidos por terem maior risco de complicações por conta da gripe A (H1N1).
Para quem não está nos grupos prioritários e quer ser vacinado, o caminho são as clínicas particulares. Segundo o Ministério da Saúde, não há restrição para tomar vacina no serviço privado.
Até agora, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) só três laboratórios estão autorizados a comercializar a vacina no país: Instituto Butantan, GlaxoSmithKline (GSK) e Sanofi Pasteur. Desses laboratórios, dois só venderam para a rede pública (Butantan e Glaxo) e não vão ofertar para o setor privado. A Sanofi forneceu para o Butantan e disse que receberá novo estoque para a rede privada em abril.
Outras empresas entraram com pedido de autorização na Anvisa para comercializar, mas a agência informou que não poderia informar quais por questão de "segredo industrial". A Solvay Farma, porém, disse ao G1 que aguarda a autorização e que prevê distribuição para clínicas no mês que vem.
A reportagem consultou clínicas que afirmaram já ter recebido muitas solicitações de pacientes interessados na vacina contra nova gripe. Em todos os casos, a orientação é de que as pessoas voltem a procurar os estabelecimentos em abril.
Estimativa de clínica de São Paulo é de que a vacina trivalente - que inclui substâncias que protegem contra a nova gripe e também a gripe sazonal - seja vendida ao público por cerca de R$ 90
As clínicas disseram que ainda não têm informações sobre valores para a vacina, mas a estimativa da Clínica Faster, de São Paulo, é de que o medicamento trivalente - que inclui substâncias que protegem contra a nova gripe e também a gripe sazonal - seja vendido por cerca de R$ 90. O governo brasileiro, no entanto, pagou entre US$ 4,37 a US$ 7,60 pela vacinas monovalentes - apenas contra a nova gripe. Em reais, entre R$ 7,70 e R$ 13,50. Ao todo, o governo brasileiro investiu R$ 1,235 milhões para compra de 113 milhões de doses.
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